BOM DESPACHO DE OUTRORA


Quanta saudade eu sinto agora
Da bela camponesinha de outrora
Cidade pequena costumes de aldeia
Carroças nas ruas rangendo na areia

A banda rufava no coreto da praça
Apitava chegando a Maria fumaça
Escondia o sol o sino batia
Hora de Ângelo ave Maria

Um só pensamento em oração
Muita paz e harmonia no coração
Por caminhos que a Deus conduz
Vinha o crepúsculo no luscafuz

Longes caminheiros apressados
Ferramenta nos ombros vindos do roçado
Mãos calosas alpercatas nos pés
Em fila indiana perseverando na fé

Rumo às três colinas que pareciam piscar
Olhadas por eles em noites sem luar
De cada casa subindo à fumaça
Fogão de lenha a Deus... Rendia graça!
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 17/05/2013
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T4295673
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