Reage!

Inquietação depravante.

Nexo sem nexo do irreal absoluto.

Néctar dos prazeres mundanos a povoar a mente dos sábios,

adestrados de prazer oculto das manhãs...

Escreve, escreve o que vem do íntimo, dos fariseus.

Subtrai os arredores dos perigos que te atormentam!

Olha como se comer fosse a fome dos mortais;

ferve por dentro a alma podre do sexo latejante de paixão,

desejo da leviandade existente em cada um dos seres errantes...

Pensa! Pesa o ridículo das coisas orquestradas com um só estilo de máscara empalhada no nervo central do espírito;

queima, lateja...

Reage ser!

Ser inoperante, inconseqüente, desumano, estático!

Fere na grande luta entre o mar e sua majestade;

o teu tão soberano e insensível pedaço de carne que corre

o teu prazer imaturo, primitivo e ignorante.

Pesa e vê o que mais te relata a tua vil e inconstante

palidez de outrora e de hoje, como sempre.

Reage e vê como fica grotesco o nome que tu dizes em vão!

Reage ser sem glória!

Reage!

Andréa Farias

Publicado na revista CEPA/POESIA - Salvador/BA

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 29/03/2007
Código do texto: T429764
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