A conferencia dos poetas

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A conferencia dos poetas

A noite avança com seus ruídos soturnos,algo tristes,misteriosos,porém,transformando-se em maravilhosa síntese musical,cantilena pastoral
que envolve,transportando para regiões quiméricas
dos sonhos...As cintilantes plêiades concentram todo o brilho estelar no centro de meu jardim...
Quando o silêncio parecia dominar com suas notas do eterno,eis que,súbito,um estranho gnomo,trajando finos,reluzentes tecidos de um azul mais escuro que a noite sem luar,emite poderoso eco.Sua voz atinge as excelas alturas onde vivem querubins e serafins,acordando,do sono,os poetas que,lá dormitam.
Mario Quintana,abrindo,placidamente,os olhos,sorri e fala;”A amizade é o amor que nunca morre”,Tão bom morrer de amor e continuar vivendo !”.Do outro lado do mundo,Tagore suspira “Se,de noite,chorares pelo sol,não verás as estrelas...”
Agora a voz do mágico gnomo suaviza o timbre e como sereno acalanto,acorda meus amigos poetas que,lentamente,chegam ao meu recanto....
Vindo de Miracema ,com seu jeito amigo e terno Gilberto Dantas,cuja alma bondosa deixa este poema.


Homenagem aos Poemas Transcendentais do Seminale
Ó meu amigo Antonio Carlos, saiba que os teus versos transcendentais
são verdadeira música celestial para os meus ouvidos inquietos.
E teus poemas jorram como águas cristalinas para matar a sede
da minha alma impura, que ainda se debate na mais negra escuridão.
Não podendo, ainda, alcançar as alturas das tuas mensagens, meu coração
inconstante antevê e se alegra com a sonoridade de teu cântico,
mas ansiando no meu caminho tortuoso encontrar-te na
plenitude da tua luz, rompendo de vez com a minha teimosa ignorância.

Gilberto Dantas
Querido amigo, a sua humildade é exemplo!

Vindo,flutuando no minuano vento,criatura,singela e pura ,Maria Della Giustina,simplesmente Giustina,a cronista do sul ,assim,me diz.



S.alve Antonio Carlos!
E,sse grande brasileiro
M.édico por vocação
I.nconteste sonetista
N.o Recanto é mosqueteiro
A lutar com emoção
L.ouvo hoje sua conquista
E.le é cavalheiro, cidadão e artista.
@ Este acróstico é minha homenagem pelos teus 500 textos
no Recanto das Letras. Beijos, Giustina.
Obrigado Giustina!

Vinha vindo e tateando pela grama do jardim,lembrandoo grande Olegario MARIANO,o não menos inspirado Paulo Rego,trazendo a lembrança do tristonho sabiá,deixa gravado numa pedra este poema.



SABIÁ
 
Do fundo da densa e sombria mataria,
Chega até mim um aflautado canto,
Vem de longe, suave e pleno de harmonia,
E eu ouço, contrito, esse elevado pranto.
Chega até mim esse aflautado canto,
Que reconheço, prezo e aguardo a cada dia,
Sentindo nele o divino sopro do acalanto,
Ouvido tantas vezes da mãe que eu queria!
Vem de longe, suave e cheio de alegria,
Sereno, plangente e em tanto amor imerso,
Que toca fundo minh'alma tão vazia.
E eu ouço , contrito, esse elevado pranto,
Alçando, com ele, ao teto do universo,
E agradeço a Deus por esse mavioso canto.

Ah!Querido amigo de tantas venturas,o que mais vale na minha vida é ter a emoção de vibrar em uníssono nossas almas fraternas!

O galo caipira do quintal da amiga Araci,empostando o canto,entoou singelo soneto.


QUASE UM SONETO
Ponderando, sem sonhar,
sei o que me reserva
a vida que pela frente
ainda tenho que enfrentar.
Muita luta e tolerância,
quase nada de glorioso,
algumas sentidas lágrimas,
problemas em abundância.
Voltar ao sonho é melhor:
Tudo de bom acontece
e até já sei de cor:
Faço o bem, recebo o bem,
ninguém me deseja mal
não faço mal a ninguém.


Obrigado Araci amiga
  
Longo silencio  toma conta do ambiente...o portão de meu jardim continua entreaberto,esperando a chegada de outros poetas...



Terminara a primavera,porém,trazida pela migratória ave,a última e mais bela flor do Lacio,deixada ao abrigo da sombra do jasmineiro,iria renascer na mais bela poesia







SÃO BELAS AS FLORES…

Poeta, são tão belas as flores
Que sempre colho neste teu jardim!
Ainda que seja outono,
E more longe a primavera,
Tua alma, poética, e sincera,
Planta flores que embelezam
Meu quarto interno!
São rosas em verso,
São alento, são luz,
Que guardo dentro de mim!

Poeta, são tão belas as flores
Que sempre colho neste teu jardim!
(Ana Flor do Lácio)



Ah!Querida Ana tua flor,jamais será a última e viverá,para sempre neste recanto!







Que belo vulto,escondido sob a neblina

Que em minha mente,serena,permanecia

Mulher cuja alma eternamente, de menina

Silvia Regina trouxe ao recanto divina poesia








Renascer

Agora sou uma flor fenecida,

Ou ,mesmo,uma estrela cadente,

Que contempla só,e, silente...

O céu,a sua morada perdida,
 

De graça,eu assim,tão ferida,

Esquecida ,já por tanta gente,

Hoje existo nesta vida dolente,

De saudades, muito condoída
.

E não tem fim este meu pranto,

No tanto que a profunda tristeza,

Faz se verso...e espanto e..rudeza
.

Entanto,há algo mágico e latente,

Pois ,salvei de mim,uma semente,

Que brotará com renovado encanto!