Equilíbrio.

No abençoado começo, eram apenas letras estendidas,

Que com a incidência do tempo foram ganhando cor,

Nas revelações, as palavras anteriormente emudecidas,

Que não tinham a quem serem entregues nem onde por,

Daí para frente se derivaram na conexão de aprendizados,

Na troca de vocábulos das tantas confabulações produzidas,

As descobertas em cada novo diálogo sutilmente exercitados,

Repassando lembranças das estações ausentes, quase esquecidas,

Começara, já lá bem longe, as tantas e partidárias provações,

Como se fossem abstrusos testes de procedimento e paciência,

A prova sucedeu-se com tranquilidade sem se deparar a limitações,

Sendo o próprio passado a dar medidas, notas e referência,

Assim, as horas foram passando, deixando o tempo para trás,

Surgindo a necessidade posta e equitativa ao aperto de mão,

De estabelecer um encontro pueril do jeito que já não se faz,

Visando apenas o contato da alma nesta pulcra aproximação,

Desde então, se conectaram os sonhos, os anseios, as vontades,

Uma procura consequente, nos entremeios em busca de um,

Romperam-se no recolhimento contrário a suas adversidades,

Na total confiança de desfrutarem o mesmo momento comum,

O embate produziu-se por sua razão pretexto e simplicidade,

Como se conhecessem um ao outro desde todo sempre assim,

A troca de olhares só se deteve no sorriso em aberta verdade,

Anunciando o luminoso começo de uma linda história sem fim,

Dois seres que, sem ciência, já dividiam as mesmas emoções,

Uma narrativa estendida no acortinado dos mesmos desejos,

Duas associações pulsando nas mesmas sacras manifestações,

Conectaram-se desde então no sacramento dos ternos beijos,

Hoje a sequência da fábula se dá pelo que descobriram depois,

E para a eternidade vão envolver com firmeza ente segmento,

Um compromisso sincero, sem obrigações, firmadas pelos dois,

No embasamento de uma relação consistida no entendimento...