Desvendo

Coloquei as estradas no meu peito... Diluí no ácido do amanhã os meus tempos verbais.

Eu já não sei se somos ou fomos ontem ou, se seremos ou fomos um dia, um amanhã.

Do desejo latente de segurar as tuas mãos pelas ruas e do terno do teu olhar a me adoçar para os próximos segundos, te releio.

Teu mundo talhado a tantas mãos, ainda não tem o teu toque que me desperta. É vasto e de uma mansa solidão. Permissivo a retoques de segundos e terceiros que nada sabem sobre tua imensidão.

Te descobri, não te recriei. E do que és pra mim, do pouco que sei, ainda há muito pra ser. Teu mundo não cabe na minha mão. Sorte. Eu tenho aqui este coração. Coloquei as tuas estradas no meu peito...