Eu voltei.
Como se não bastasse minha ida tardia
Como se fosse necessário minha sub existência
Eu voltei, com um leve toque de saudade.

Onde a brisa suave do meu lirismo poético
Nunca tivesse me abandonado
Apenas desfalecido, mais vivído.
Em nascente flutuante do meu interior poeta.

Eu voltei.
Como a filha que foge de casa em busca do novo
Como o revolucionário preso em Alcatraz
Como o broto que existe em sobreviver em terra seca.

Eu sobrevivi, diante a tudo que eu criei.
Mediante a vida submergida que afoguei
Sobre a incerteza incandescente a minha mera existência
Em maré viva diante aos olhos mortos da paixão

Eu voltei. Sobrevivendo, eu sei.
Mais voltei
Com ares amadurecidos infantis
Uma menina que nunca deixou de viver
Dentro de uma mulher
Que até Balzac desistiria de entender.

Bem vindo ao meu novo mundo.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 09/06/2013
Código do texto: T4332584
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