Variações.
Como eram belos aqueles tempos de amores,
Quando a justa coerência contígua à razão sorria,
E nos campos floresciam em abundância as flores,
Na fecundação mágica descoberta em cada dia,
Como era lindo o revoar de pássaros e seus gorjeios,
A luz do sol resplandecendo com todo o seu fulgor,
A alma inocente projetando formosos devaneios,
O sopro forte do vento reproduzido com vigor,
Como era magnífico esperar a nova primavera,
A pureza infantil daqueles carinhosos instantes,
A poética harmonia e aconchego vividos na tapera,
A esplêndida e encantadora aurora que existia antes,
Como era diferente a entrega castiça e constante,
Quando acordávamos dos sonhos saudando a vida,
O abraço tinha uma inclinação bem mais relevante,
E uma promessa abonada, jamais era esquecida,
Como era bom desfrutar o sabor no convívio formoso,
E admitir sempre a mão de Deus como nosso guia,
Sentir a calma brisa num afago delicado e gostoso,
E abrir o peito numa entrega cordial de um Bom dia!