Ode à minha terra

Em mais uma noite de sábado, Aracaju minha bela, novamente te deixo. Em minha jornada errante, desta vez em direção ao agreste vou para as bandas do Aleixo .Visitar a Pedra da Sereia ,me banhar nas águas do rio salgado , vagar por ruas sem destino ou endereço. Mas ao final de tudo, para ti volto Aracaju, será sempre esse o desfecho.

Confesso meu amor por ti , mas não nego minha paixão por todo o Estado.Quero ao menos uma noite em cada cidade , conhecer Sergipe de cabo a rabo. Pela janela do carro quero sentir o cheiro de cada lugar. É algo marcante mesmo que no solo eu não pise. O perfume da cana de Riachuelo, em Itaporanga do Café da Maratá e em Socorro dos Biscoitos Fabise.

Em Geru, vi de perto o carro de boi com o ranger de suas rodas. Já visitei Tobias Barreto, cidade da costura, onde toda moça borda. Também estive em Boquim , a terra da laranja , e muitas vezes fui a cidade do Barão , velha Maruim . E como é linda Própriá, às margens do rio São Francisco. Dele tu é princesinha, mas em meu coração é muito mais do que isso. No interior reina soberana , é como se fosse rainha.

Subindo pelo mapa chego a Ilha das Flores, no entanto, confesso que jardins mais bonitos já visitei. Não esqueço Poço Redondo , como é boa a terra do Frei. Passando por Monte Alegre, está Canindé , maravilha de cidade , é longe, mas para lá eu iria até a pé. Sem estância certa, vamos para região sul , lá tem belas praias comparáveis com as de Pirambu. E assim seguimos em frente, não temos medo de chão. Umbaúba é ali perto depois vem logo Riachão.

E assim, pouco a pouco, riscamos do mapa o desconhecido. Até que se findem todas estradas, e o novo não seja nada ou algo parecido.