Quisera eu, poder não viver essa vida ou outras vidas sem que a minha pudesse encontrar a sua. Sem que nossas almas pudesse se cruzar por quilômetros de distancia e ainda sim, não saber da sua existência.

Quisera eu, não pertencer agora ao seu mundo. Não fazer parte de seus pensamentos, seus olhares, seus momentos, suas incertezas, suas dúvidas, sua vida. Tudo aquilo que hoje faz parte de mim e é tão seu em pouco tempo.

Quisera eu, não abrir meu mundo assim tão depressa. Deixar que todas as chaves da minha vida fossem parar nas tuas mãos e não me sentir tão frágil ao te encontrar por alguns meros segundos diários nessa vida.

Quisera eu, não ler, não ver, não sentir, tudo que passa em mim. Raios e lampejos sem ordem alguma que me invadem como uma força vital ao tomar conta do órgão mais frágil que possa existir em um ser humano, meu coração.

Quisera eu, não ter te conhecido. Ou melhor, até quisera, sabe. Para quem sabe assim eu poder me ver em tudo teu, no pouco que eu já sou em ti. Na leveza do teu ser rabiscada da agitação da tua alma.

Quisera eu, fugir para o Fugere Urbem contigo. E lá poder reencontrar-me com meu eu e recarregar todas as energias possíveis que há nessa vida. Poder recostar-me no teu peito com todo o carinho que te tenho oculto e me sentir um pouco tua. Equilibrar o que anda oscilando em mim e poder assim me fazer feliz ao teu lado.

Quisera eu, não sentir o que sinto. Por saber da impossibilidade de uma possível correspondência de sentir. Mais sou forte o bastante para vislumbrar o impossível.

Quisera eu, poder estar com Deus agora, para poder agradecer pessoalmente a ele o presente que ele me deu em ter te colocado na minha vida na hora certa. Onde sua vida se tornou algo tão necessário para minha atual existência.

Quisera, aliais eu quis, ou melhor… eu quero.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 23/06/2013
Reeditado em 23/06/2013
Código do texto: T4355208
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