Indícios.

Os dedos seguem um caminho pré calculado,

Por entre as madeixas a descobrir a maciez,

Perdem-se na contemplação do emaranhado,

Depois submergem e recomeçam tudo outra vez,

Erguem-se os olhos como a buscar o infinito,

Deparam-se com duas gemas de janelas abertas,

Dentro delas uma alma com um sorriso bonito,

Propiciando o enriquecimento de novas descobertas,

Os dedos percorrem espaços no contorno do rosto,

Acompanhando cada célula com extrema delicadeza,

A energia se espalha na percepção do mesmo gosto,

Na fluência recíproca e clara dadas nesta certeza,

O roçagar de epidermes dá asas a imaginação,

Comparando o conceber a um ato de franqueza,

A desprendida aspiração de interagir em doação,

Resgatando as atitudes anunciadas pela natureza,

Os dedos vão ressalvando histórias nos espaços,

Com extremada argúcia em compassos gentis,

Percorrem caminhos como se fosse à melhora de passos,

Na noite, no começo da manhã ou nas tardes gris,

Chegam aos seus propósitos na evolução faceira,

A manifestação singela na perpetuação do afeto,

Uma permuta ingênua nos toques da mão ligeira,

Deixando a nota audaciosa do meu momento predileto...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 29/06/2013
Código do texto: T4363397
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