A visão

Eu olho pra tudo

e quase nunca vejo o que olho

mas o que vejo... pouco entendo o que vejo.

apesar da boa visão, atenção?! Sempre dispersa, ausente.

por isso pouco entendo do que vejo quase nunca, de tudo o que olho.

tudo é muito complexo???

o pouco que vejo, de tudo o que olho é muito complexo?

é complexa a maneira como vejo o pouco de tudo o que olho?

sei lá!

as vezes acho que nunca vi nada

cada coisa que vejo me parece nova, incompreensível.

Como, se em tudo o que olho, o pouco que vejo me é um tanto bizarro,

creio que tudo o que olho também o seja,

visto que seja nula a hipótese de coincidentemente

ver apenas o que nunca vi a cada vez que paro para olhar

tudo o que olho.

ou que apenas o oculto se mostre como novo

a cada vez que é visto por esse alguém que o vê

sempre que pra tudo olha.

ou nada é o que vejo,

ou nada vejo, achando que sim, quando olho,

ou nada olho e apenas vejo coisas,

ou nada vejo... imagino o que e como queria que fossem quando ao olhar eu as conseguisse ver... esse é o aroma que me mantém...

um novo amanhã a cada hoje, segredo, mistério.

Guilherme Veiga
Enviado por Guilherme Veiga em 29/06/2013
Código do texto: T4364120
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.