Carícia mansa no horizonte de muitos silêncios

A tarde começa calma... uma carícia mansa diante de um horizonte

de muitos silêncios que aparentam guardar expectativas que, de verdade, estão mesmo é dentro de nós.

Me acomodo na varanda da casa (... da casa ou do mundo?)

Aqui é meu mundo, a intimidade de mim mesma e tudo mais que vive em mim.

De onde estou descortina-se um horizonte sem fim, me parece. Não faço a menor idéia se ele termina logo ali ou não: onde o fim? onde o limite? ...Infinito!

Mar, areia, certa aragem. Alguma coisa de um sol tímido aparece de vez em quando pra me dizer que a luz não sumiu totalmente. De repente, uma rajada de vento atira montes de folhas da goiabeira que já pressente o ar outonal chegando.

Aqui me derramo... a mim mesma e tudo mais que existe em mim... meu próprio recolhimento, meus subterrâneos, meu sentimento. Cato

presságios que dominam o ar, este estado de ficar refletindo sobre, enfim, o que é 'estar no mundo'. Mas não... Hoje não dá. Não me arrisco a fazer rodar a manivela da tristeza. Deixa pra lá, deixa pr'amanhã... ou sei lá pra quando, pra onde...

Afinal, é Sexta-Feira da Paixão!

ELE morreu...

Nós estamos vivos no mundo... infinito!

lilu
Enviado por lilu em 06/04/2007
Reeditado em 07/04/2007
Código do texto: T439930