Alguns autores me tocam de uma forma tão profunda que causam uma sensação de “desconforto íntimo”. Uma inquietude. Uma emoção que não sei explicar, um sentimento de desamparo e plenitude, uma consciência, quase dolorosa, de mim mesma.
"É como se o texto tivesse saído de dentro mim através de outra pessoa". Cada palavra escrita fala de meus sonhos, minha ânsia de viver, minha fome de poesia. A leitura desnuda/desvela minha alma. São minhas as sensações expostas ali, nua e cruamente, sem nenhum pedido de permissão.
Ao mesmo tempo é como se tivéssemos outras vidas, até então desconhecida, (des)revelada por alguém que não me conhece, mas me descreve de forma tão íntima e verdadeira que chega incomodar/assustar.
Sinto-me assim diante de muitas leituras, mas no momento é Mia Couto que está revirando meu mundo, impregnando-o de uma alegria angustiante. Sua ternura camufla e desvenda milhões de realidades e me golpeia com rajadas ora de lirismo ora da mais crua realidade.
É tanta beleza que chega a ferir minh’alma! Ferimento que cicatriza na própria beleza que fere. Como diria Gibran, é “a dor de sentir ternura demasiada”.
E assim, ferida de ternura e sangrando encantamento sigo lendo Mia Couto e me (re)encontrando em sua poesia para me perder em suas verdades.
*Khalil Gibran em O PROFETA.
"É como se o texto tivesse saído de dentro mim através de outra pessoa". Cada palavra escrita fala de meus sonhos, minha ânsia de viver, minha fome de poesia. A leitura desnuda/desvela minha alma. São minhas as sensações expostas ali, nua e cruamente, sem nenhum pedido de permissão.
Ao mesmo tempo é como se tivéssemos outras vidas, até então desconhecida, (des)revelada por alguém que não me conhece, mas me descreve de forma tão íntima e verdadeira que chega incomodar/assustar.
Sinto-me assim diante de muitas leituras, mas no momento é Mia Couto que está revirando meu mundo, impregnando-o de uma alegria angustiante. Sua ternura camufla e desvenda milhões de realidades e me golpeia com rajadas ora de lirismo ora da mais crua realidade.
É tanta beleza que chega a ferir minh’alma! Ferimento que cicatriza na própria beleza que fere. Como diria Gibran, é “a dor de sentir ternura demasiada”.
E assim, ferida de ternura e sangrando encantamento sigo lendo Mia Couto e me (re)encontrando em sua poesia para me perder em suas verdades.
*Khalil Gibran em O PROFETA.