Escrevo para o acaso, para aquele que a vida insistiu que permanecesse na minha vida. Mesmo quando eu desisti até de viver e quase me matei. Não por querer, mais por não entender, compreender e insistir em querer o não querer.

Escrevo para suprir o que em mim esta em falta. Aquele amor rasgado, entregue, perdido, bandido e febril. Escrevo para quem sabe um dia você me querer, mesmo que seja por uma noite, um dia, um minuto. Escrevo para matar o que em ti me habita.

Escrevo para me devastar, incomodar, deixar sem palavras. Expor o que sufoco no meu peito. O amor completamente sem jeito assim sem beira ou eira. Sem começo sem fim. Pela necessidade de você ser minha inspiração. Eu apenas escrevo.

Escrevo para amar o inatingível. Para ser lida e relida pelo olhos condenadores dos que não sabem amar e entender o que é esse sentimento. Apenas escrevo para que convença um dia de que a inspiração dessas lidas seja o homem que tanto almejo.

Escrevo para lhe fazer crescer. Ver-te como homem e não com um menino perdido e arredio escondido nas palavras, oras ditas sem sentido e perdidas no acaso. 

Escrevo para te completar. Em frase composta, em cada ferida exposta, em cada necessida dita em prosa. Completo em ti o lírismo que falta em mim. Suculbindo minha tão tortuosa existencia literária em poucos versos perdidos

Assim, eu me rasgo, me embaraço, me amordaço.

Lhe faço feliz, da forma que você deseja em te completar, pelo menos em letras, prosa e verso.
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 10/08/2013
Código do texto: T4428564
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