Basta

Gosto do que me desafia

Aprecio o imaginável

Sinto prazer com brincadeiras

Especialmente as do amor

Permito-me fantasiar

Criar e mitificar

Tem sabor o desconhecido

Saboreio, degusto

Mas não agüento eternizar

Passa a ser dor

Dor é desamor

Desamor é não sentir

Se deixar de sentir desfaleço

E morro

Gosto do que me provoca

Adoro jogos afetivos

Mas sem dores

Basta

Em algum momento preciso acordar

Para continuar a viagem.

Novamente ser desafiada

Imaginar

Voltar a amar.