ÔFEGOS
Ofegante sigo,
pernas bambas, pés trôpegos!
Maldito ar que respiro,
tu pesas tanto...
Que ôfego e soluçante é meu pranto!
D ´onde parti não me lembro;
só quero chegar...
passado o meu dezembro,
deambulo de vagar!
meu olhar vago,
meu sorriso um escárnio;
Desprezo pela vida,
um abismo, sinto frio...
Ofegante prossigo,
o abismo vira rio!
a correnteza vai passando,
nem um barco nem ponte!
Uma pedra ou âncora ,
um barraco no horizonte!
Um suspiro profundo!
Talvez derradeiro;
ando e choro,
paro e penso
se este sonho ,
é verdadeiro!!
Postado por Sérghio Gonçalves