A ferramenta de cada um

O carpinteiro e o poeta brigaram

Ferramentas e canetas trocaram de mãos

Armados de ira aventaram

Virtuosismo em qualquer profissão

Rimas cederam à janela gelosia

Com a serra cravou na madeira poesia

O sol reclamando vinha, por tortuosos vãos

Verbo com verbo, levava a rima em aluvião

Só com prumo e esquadro a janela se abria

Só com versos entrava pela janela a magia

A mágoa nunca deixou que fizessem as pazes

Viram que suas ferramentas os faziam capazes

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 17/08/2013
Reeditado em 18/08/2013
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