Sinal vermelho

Distraída estava sob embalo de um rock, semáforo fechado, voz fora do compasso, cabelos ao vento, quando o baleiro aproxima-se, e antes que oferecesse a bala chegou o sorriso em alvos dentes e barba por fazer. Pele tostada, suada pelo ir e vir entre carros e transeuntes. Sorriu e a moça de cabelos ao vento e voz fora do compasso já adiantou entre sorrisos de menina; Hoje não quero balas, seu moço. Ele, sabedor de sua beleza de sol, aproximou-se da porta e disse...ainda assim ofereço para você...Uma conquista nos últimos segundos do semáforo..luz verde anuncia que é hora de dar partida...deixa para trás o sorriso, as balas e a certeza que o amor também nasce nos semáforos das grades das cidades.

Pare e olhe.

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 17/08/2013
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