Brandura.

As mãos, seguras, apontam estendidas na mesma direção,

Serenas e tranquilas, se forjam na ternura do mesmo abraço,

As batidas ritimadas do imo dão cadência a mesma emoção,

Numa conjunção de almas franqueadas no mesmo compasso,

Duas são as pernas levando o corpo em feliz jornada,

Os olhos se despontam igualmente como leves plurais,

São parceiros na observação da noite clara, enluarada,

Porque não o seriam nas horas dos lamentos e ais?

Unimo-nos regularmente em constantes brincadeiras,

Fortalecemos vínculos com correspondências pueris,

Damo-nos a variação de propostas em conjunções verdadeiras,

Abarcando-nos em descobrimentos de envolvimentos febris,

Assim, toda de sorte de episódio tem em um momento,

O aporte ou necessidade do compartilhamento de atos,

Instantes de dividir a alegria como também o sofrimento,

Na providencia dos dias, na correspondência dos fatos,

Nestas múltiplas ocorrências, o pranto se anuncia também,

Numa conflagração ensimesmada da resolução do depois,

A confirmação absoluta do entrosamento no querer bem,

Na hora sublime de nós, enamorados, nesta entrega a dois,

Como par, sorrimos, desfilamos em viagens encantadas,

Permitimo-nos a companhia nos baques que juntos oramos,

Tornando-nos ainda mais coesos nas ações apaixonadas,

Quando nos descobrimos, unidos, por estarmos chorando...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 22/08/2013
Código do texto: T4447319
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