A Estrela

O horizonte não delimita uma estrela;

espelha apenas a razão de uma estrela.

O horizonte não é o quadro, mas o pincel;

a íris emoldura o horizonte e o conduz

ao profundo no imo do espírito.

A íris não delimita uma estrela;

nutre-se apenas da razão de uma estrela.

A íris não é aquarela, mas a mão do sentimento.

Ela cristaliza os momentos,

pontuando o espectro,

hialinizando-se, assim, a mente.

A luz não revela poucas distâncias;

viabiliza o eterno, delimitando a estrela.

A luz não é sentimento,

mas o fomento, a sobrevida,

o risco imáculo no cristal,

as impressões do fóssil,

a cauda do cometa

o rastro no cosmos

os laços do tempo,

os traços distantes,

as marcas do verso uno,

os passos largos de uma estrela...

(dfholanda SP. 17.08.80 Liberdade, SP. 01.12.98 Jd. Umarizal)

Tim Holanda
Enviado por Tim Holanda em 04/09/2013
Reeditado em 05/09/2013
Código do texto: T4467297
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