Eu queria muito que existisse uma ponte sem receios, despida de medos e porteiras fechadas ao diálogo natural.
Queria que tudo fosse calmo e tranquilo, com paz e harmonia.
Eu queria que o compartilhar fosse pleno, etéreo, sereno e que cada volta fosse anunciada, no aguardo do abraço de boas vindas com a comemoração vibrante de um ótimo retorno.
Queria que as diferenças não se tornassem nem permanecessem sem fim num caminho de "duas vidas" paralelas.
Eu queria que o meu canto e meu talento se somasse às notas emitidas de sua garganta divina e cristalina, em tom maior; não com terças menores muito menos acordes diminutos. Pois na teoria musical os tons maiores revelam alegria enquanto que os menores e diminutos revelam melancolia.   Queria o brilho do sorriso físico num cruzar de olhares profundo e o silêncio falando nada, por tudo dizer.
Eu queria que tanto um dia de sol como o mais tempestuoso nada
significasse,  pelo simples fato de que dentro do coração e da alma somente uma estação haveria, a eterna primavera.
Queria que as confidências chegassem a mim feito nau à deriva , enquanto eu, porto seguro, as atracasse em mim, angár conselheiro.
Eu queria que toda verdade, qual fosse o fato ou motivo, se tornasse translúcida e clara, solta e esvoaçante como pétala ao vento.
Queria não ser "imaginado" como um louco varrido, um maluco beleza, que "aparentemente", sem sanidade mental tivesse mergulhado em campos "tietes" inatingíveis, sem qualquer coerência ou comedimento.
Mas não! Eu não sou esse insano! Deus me deu o livre arbítrio para que me manifeste e brilhe de qual forma for, pelo caminho do bem.
Eu queria a volta dos cumprimentos e a tranquilidade dos encontros nas manhãs  tardes e noites.
Queria palavras abertas, sementes germinando, flores brotando no pensamento até que dali, daquela boca tímida, entreaberta, fossem proferidas somente palavras de amor, de segurança e objetividade, tudo o que eu, como receptor acolheria.
Eu queria que qualquer "impedimento" fosse compartilhado, ainda que abrisse feridas na alma e no coração.
Queria que a qualquer momento, pela manhã, tarde, noite ou madrugada ainda que pouco tempo livre sobrasse, o toque da presença fosse sentido e escrito no ar ou soado quebrando a quietude como um aviso de ok.
Eu queria, assim, adormecer suave, tranquilo, com a certeza de que valeu a pena tudo ter sido criado, composto, a partir da admiração incontida.  Escrito e memorizado, mas principalmente, que acontecesse.
E que aconteça...
Até sempre e quando, desde que "..Se for pra ser, seja por inteiro. Se for pra ser feito,que seja feito com total entrega e amor..."
                                                                                 
                                                                                                                 SP080920132250SG