As riquezas

Caminhava tranquilo seu caminho de homem rico quando viu a estrela cadente no horizonte já escuro. Pensou que seria bom fazer um pedido. E pediu que todas as estrelas fossem joias para que as pudesse dar para sua amada. Como era muito rico, dispunha de todas as joias que quisesse. Não tardou muito e pôde ver que de noite não aparecia nenhuma estrela. Mas os seus galpões e cofres, que já tinham muita riqueza, estavam cada vez mais abarrotados de joias e não cabiam mais de tanto tesouro a ponto dele ter que fazer vultosas doações. Mas por mais que doasse, sempre aparecia mais, mais e sempre mais. Perguntou o que estava acontecendo? O seu pedido foi concedido, disse seu anjo da guarda, mas tenha em mente que o Universo é infinito, portanto infinita será sua riqueza. O homem achou aquilo uma maldição e não sabia mais onde enfiar tanta joia. Pôs-se a perguntar o que tinha que fazer para que parasse de vir mais joias. O anjo disse: deseje de novo, deseje que as estrelas do céu voltem a ser estrelas! Isso ele não podia fazer. Porque acostumara-se com as joias e a riqueza infinita. Viveu nababescamente. Até que um dia, percebeu que a sala onde estava, encontrava-se abarrotada de joias e o homem não podia mais sair de lá, ficara preso na própria riqueza. E morreu com joias dentro da boca...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 09/09/2013
Reeditado em 09/09/2013
Código do texto: T4474582
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