Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

A verdade é que eu acredito em certas coisas da vida, que já não acreditam mais.

Sou do tipo que gosta de ser conquistada, do tipo que acredita que o homem é que tem que lutar para conquistar o seu amor. A mulher dá a dica, deixa claro, com um sorriso, uma mensagem, um recado, o homem “caça”.

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

A verdade é que sonho em casar de véu e grinalda. Sonho com um moço que me peça em noivado para meus pais num almoço de domingo, que me peça em casamento, acompanhado de um par de alianças douradas.

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

Mas preciso ser amada.

Quero olho no olho, mão no rosto, um suspiro apaixonado. Quero ganhar chocolates, receber uma surpresa, uma carta, ser cuidada.

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

Quero alguém para andar de mãos dadas na calçada. Ir ao shopping, tomar sorvete, fazer uma pedalada. Comer junto um saco de pipocas, assistir a um filme, fazer uma janta, telefonar, desabafar, ir ao supermercado, arrumar a casa.

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

Mas quero um casamento que dure o resto da minha vida. Com direito a filhos, netos e bisnetos. Com direito a brigas e gargalhadas.

Chamem-me de machista, de antiga, antiquada...

Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 25/09/2013
Código do texto: T4496844
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