Chuva de primavera

É primavera e o sol do verão chega antes da próxima estação.

A temperatura ferve sempre, sem qualquer postergação.

Aqui o calor é a regra de toda e qualquer estação.

Hoje é domingo, esse sim primaveril.

Depois de uma noite bem dormida por, sem saber se era sonho,

Ouvir, um contínuo ploc-ploc de gotas d’água caindo das folhas das mangueiras,

Como se fosse uma benfazeja anunciação,

Acordei, bem cedinho e a porta abrir...

Era a chuva de primavera, que sem cair de vez serenara, para molhar o chão e amenizar a manhã.

Não mais que vinte seis graus, terra molhada e o vicejo das folhas das plantas aos meus olhos presentear.

Ainda o contínuo ploc-ploc, agora realidade da vigília,

Chuva de primavera nas folhas das árvores.

Chuva de primavera, que aqui, não chove, goteja sem saber se quer chover e molhar,

Mas que refresca sempre esta bela estação.

Hoje é domingo, plenitude temporal, acordei bem cedinho,

Ninguém havia acordado ainda.

Nenhum ruído, somente continuava o ploc-ploc das gotas de chuva.

No mais, tudo silêncio, tudo paz...

Com o troc-troc do líquido e o glup-glup dos sólidos do alimento matinal, acompanhados pelo tum-tum do meu coração, misturando-se com o ploc-ploc das gotas que caíam, sozinha saboreei devagarzinho o meu café e disse bom dia ao dia.

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 29/09/2013
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