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Onde estará o poeta que cantava para a lua,

Com seus magistrais odes de pacificação,

Que abria o seu peito deixando a alma nua,

E não escondia a pureza da sua emoção?

Onde será que está agora neste tempo fugaz,

Que dá preferência incoerente a termos insanos,

Não observando as referências que ficaram para trás,

E os bons feitos conquistados no decorrer dos anos?

Onde ficou armazenado aquele versinho de porfia,

A declaração apaixonada do primeiro bem querer,

A mensagem que expunha o desejo do que queria,

E as concordâncias que ele insistia em escrever?

Talvez tudo tenha se perdido junto com o vate na estação,

Ou, quem sabe, permaneçam guardados numa gaveta sem fundo,

Estejam sendo aproveitados como outro formato por padrão,

Juntas postas a combater firmemente as agruras do mundo,

Ou, por outra, ele esteja apenas esperando o tempo exato,

Para suas tantas anteposições de carinho tornar a compor,

Identificando a hora determinada a ser o momento sensato,

Para continuar entregando os castiços versinhos de amor...

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 10/10/2013
Código do texto: T4520073
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