Adeus

Ele desceu as escadas enquanto ela o observava atentamente. Quis ser um objeto relevante e esquecido, capaz de fazê-lo voltar. Quis vê-lo cair e, assim, ter um motivo justo para segurar sua mão. Quis ser maior que aquele nó na garganta. Quis ter coragem para pedir-lhe só mais alguns minutos. Quis, por último, nunca tê-lo conhecido.

Foram embora em silêncio. Não suportariam dizer adeus.

Natália Meneses
Enviado por Natália Meneses em 11/10/2013
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