Respingos de outrora...

Esther Ribeiro Gomes

'Oh, que saudades que eu tenho da aurora da minha vida,

da minha infância querida que os anos não trazem mais!'

(Casimiro de Abreu)

Tenho saudades daqueles dias de outrora que o tempo, implacável, levou embora...

Saudade das cadeiras na calçada, das conversas animadas que adentravam a madrugada, da vida simples na minha cidadezinha do interior...

Não havia muros nas casas, os jardins beiravam as calçadas

e os vizinhos eram amigos de toda hora.

Não havia violência, podíamos caminhar gostosamente contando estrelas e namorar nos bancos do jardim da pracinha, com a cumplicidade da lua...

Ah, que tempo bom!

Tempo de ser feliz e nem perceber, tempo de rir gostosamente,

de não exigir demais da vida, de se contentar com pouco, ter alegria nas pequenas coisas, vivendo com simplicidade, compartilhando a amizade!

Ah, que tempo gostoso de criança, de brincar de pega-pega

e esconde-esconde na praça, de pular corda e amarelinha na calçada,

de subir nas árvores para comer fruta no pé,

ai que saudade de mim...

Como diz a velha canção: Eu era feliz e não sabia!

Com esta prosa presto uma homenagem ao Dia das Crianças

e a todos aqueles que eternizaram na alma sua criança,

com bom-humor e alegria, fazendo de cada queda, um passo de dança!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 12/10/2013
Reeditado em 12/10/2013
Código do texto: T4522197
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