Meu bem querer

Em breve relato, atrevo-me a dizer sobre um hiato: a falta que você me faz, ó mulher das montanhas! Tão pouco tempo, todavia o bastante, e assim num instante me vejo a contemplar a natureza inquieta do teu ser. De temperamento aguçado insiste, e, contudo nunca desiste. Pisadas firmes direcionadas avante, espere um instante!

Deixa eu te dizer do brilho que emana de ti deveras refulgente.

O café de tua mecha, combinação perfeita para teus cabelos dourados, mais um espetáculo como a aurora ao amanhecer.

O tempo implacável parou pra você desfilar tua bela e jovial silhueta.

Muitas são as virtudes, entretanto, nenhuma delas pode ofuscar a alegria que emanas, riso fácil e honesto. Então, precisaste ir assim tão distante? Se assim não fosse bastante, como saberia eu de tua existência? Sem alguma explicação, apenas posso contar da satisfação por comunicar-me contigo por qualquer meio de que disponha.

Referir do amor que sinto, espere! Retomo o fôlego e te questiono: tens a dimensão do tamanho deste coração que te abriga? Saibas de antemão como sentença: não sei te dizer, mas seja lá qual for todo ele está ocupado por tua presença. Empatada nossa cronologia, e, ao passar deste dia, não soprarei a velinha, por causa da geografia deixarei acesa indefinidamente na memória em sinal de esperança, até que chegue a hora de te abraçar e sussurrar no teu ouvido: quanta saudade que o tempo não desfaz! Um desejo enorme seja sempre humilde na essência, fulgurante na forma e que tua vida seja coberta da graça de Deus, que assim como eu, te ama por demais.