Clip-Êxtase

Nada como aproveitar o dia, descartar todas as agonias do dia que já se foi sem deixar de lado tudo o que aprendemos, tudo o que vivemos. É como se nos descamássemos a cada segundo, contemplando um mundo de fantasias. É como se jurássemos, ao futuro, que o presente nosso já nos é passado com tanta dor e tamanho ardor.

Uma renuncia ao passado num descompasso pleno, num descrédito daquilo que, um dia, esteve convicto na consciência. Então nos damos conta que o corpo pesa, pede, impede, repele, compete, procura; e que os olhos se abrem tão tranquilamente.

E como é bom abrir a janela, contemplar o sol que chega; receber sua irradiação e vibração. O vento quase que imperceptível acariciando nossos rostos, fazendo nossos corpos vibrarem e se envolverem na linda canção.

Como é bom contemplar o sol, ver a cidade, ver o mundo se espreguiçar. Acordar lentamente e se envolver num fluxo perfeito de pessoas indo e voltando. Um movimento constante, sem grandes preocupações. A cada passo dado, diria o tempo : “ Não se demore, porque o que o tempo não para, ele não te espera. Apresse-se para a grande chegada, está quase na hora, vai se atrasar para o show. E o que passou não volta mais, aja com cautela e venha em direção ao “Clips-extase!”

Está quase na hora de nos despedirmos, por hoje já chega, meu turno acabou. Já dei vida às flores, cores e odores. Já iluminei a cidade, redefini olhares, uni amigos e familiares. Está chegando a hora da noite chegar, será que você deu chance para tudo acontecer? Será que viveu o que tinha que viver por hoje? Será que sorriu, reclamou, amou, chorou, pediu, perdeu, buscou, viveu?! Venha logo minha amiga Lua, veja se consegue modificar o olhar das almas duras!

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 18/10/2013
Código do texto: T4530697
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