Confidências 

Uma noite um mar de desespero havia em mim, fui a praia
procurar conchas na areia.
E vi que na solidão noturna, a fúria do mar era mansa como 
uma criança. Mas no meu desespero a solidão, não era mais feroz
do que as batidas do meu coração.
Naquela hora vi que a fúria do mar só se faz sentir quando o vento lhe
empresta a tempestade.
Portanto meu desespero não era mais que um anseio natural como um açude,
pois ao dar-nos a liberdade tiramos as tempestades da alma e transforma-se
em ondas meninas que tagarelas deitam-se aos nossos pés.
Sentimos o amor, fechamos os olhos e tudo se vai num encanto como se nunca
tivessemos ali estado, e sim ficamos somente nós mesmos e as batidas do coração e
nossas confidências......

_Maria Eduarda_
18/08/13