Confissões.

Entorpecido, caio nos cenários do meu sonho,

Planando numa madorna ingênua e sossegada,

Em chão de flores risco as letras que componho,

No andamento da marcha de orientação ordenada,

Busco teus lábios carnudos desnudando segredos,

À superfície da tua cútis recebendo a energia do poder,

Os dedos ousados delineiam clamores sem enredos,

No fluxo do passo de rumo distribuído deste querer,

Nas madeixas grisalhas carrego as lembranças,

Trazendo a luz regularizando os apontamentos,

Gerando ledices no cerne impregnado de esperanças.

Guardando as quimeras de todos os momentos,

Vejo meu corpo despertando no tempo sem sono,

E uma gota na vidraça com terno brilho ornamentada,

Olhar de multíplices impressões abrigando o blasono,

Tema que refugia a hora que atavia o som da madrugada,

E nesta oportunidade minha alma serenamente dança,

Incluindo-te em todos os termos no ritual da magia,

Bálsamo manando, anseio invadindo o som que avança,

Lucidez que lavra e propaga a liberdade em garantia,

Chuva atrevida bulindo em serenata a vastidão,

Sem nenhum pudor submerge na terra sob estiagem,

Anseios deflagrados, capturas sem dissimulação,

Ternura que ressurge em interminável viagem,

Minha alma retrocede ao corpo com aroma de chão lavado,

Tópicos que se abrigam no ensejo das madrugadas ativas,

Acordo das noites em vivas auroras de sonho encantado,

Lançando a pura essência contente das expectativas!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 25/11/2013
Código do texto: T4585304
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