Universo em flor.
Não foi de meu jeito, nem do jeito teu.
Mas como um filho que se apareceu
Apreciado pelo peito
Do amor que Deus nos deu.
Flor de um poeta menor
No universo trépido que nasce
Em louvor de bom grado a vida.
Tuas mágoas e as minhas diz!
Doce universo em flor do amor
Arquiteto silencioso, da ternura que nos dás.
Só vi a cor das flores
Na luz do corpo, que te envolvia.
Fraterno afeto, que o universo nos daria
No horizonte imenso do amor, que ali nascia
Na vida que seguia à toa, à toa...
Adormecido ao rumor da alegria
Despertamos na fogueira que havia.
Entre cantigas e risos... Entre tristezas e choros...
O ruído cortava o túnel silencioso.
Do universo em flor, que se pode repor
Sobre a eterna ternura, de um sonhado amor!
Fernando A. Troncoso Rocha.