Relicários da Memória

Hoje não tenho nada, senão alguns restos de delícias sonhadas. Entre passos escuros na madrugada revivo tudo aquilo que um dia foi sol. Há em mim sombras, penumbras, passados longínquos. Tudo esteve tão próximo que quase podia tocar-lhe. Mas apartou-se. Foi-se o que de mim embora distante nunca perdeu-se. Apenas quis o seu tempo para isolar-se dos destinos da memória.