Triste In Natura
Em teu ser um seio vago, alimentando esperanças vagas, a salivar o alimento dos loucos, mentirosa e arredia! Embala meus dizeres tão loquazes e em si mantem a eternidade fraturada, senhora das estepes de meus delírios incertos. Sim, estou louco, embotado por pensar em ti, em pensamentos de amôr e sem rancores. E tu me serviu como mulher, patroa, juíza e rainha. Passei a fome dos infelizes e fui tolo o bastante para te ouvir cantar em palavras tão canoras...
A minha poesia está assim, aflita e divagante, pois tu mesma me desistiu amar sem clêmencia ou disparate! E prezo aos meus rogos de homem perdido que tua vilania em pósteras visitas me deixe longe de seu mundo! Estou em paredes más, lugar de grito e quase lágrimas, te pedindo um amôr mais feliz e sem pre-julgar...em insano deleite de um lamentável poeta desiludido de ti! Quisera poder te fazer saber...
Aqui em palavras relutantes te peço perdão, carente de teus afagos agora malévolos e distantes, sujo em salas de espera, enfermarias sórdidas e lampejo de fracas luminárias! Quero vossa alegria em mãos finas, firmes e quiçá macias a perdoar humildes trovadoes amalucados, e um deles sou eu! Sou teu limiar em terras vazias, um horizonte marcado por fendas ou crateras, homem endoidecido pelas faltas de tua alma sem segredos, tão má quanto um espinho desejoso de dedos desatentos! Vossa vida difere da minha e tu me detesta inconsequente dos atos teus...
Por ora te despeço e vós me despedaça ao ignorar tal pedido!