Transições transparentes

Amores que não nos iludem.

Como aquela verdade, que se espera pela vida toda, e que te leva a crescer...

A diferença é que até então, você só cresceu de esperanças, reforçando-se em tuas aparências na tentativa de se registrar, para mostrar que se encontrava ali.

A diferença é que agora você parou. Olhou para o profundo e reconheceu, que de tanto gritar que estava ali, dali você desapareceu...

A diferença é que aquelas aparências... Ah! Não são mais as mesmas...

O tempo passou e lhe envelheceu. Agora você olha para si, e vê que nem cresceu tanto assim.

A diferença é que agora os outros te vêm novamente. Como se a estátua tivesse sido polida... Como se o vento lhe tivesse virado ao avesso, e assim você tenha permanecido...

Até que o rústico lhe tenha abandonado. Quando alguém lhe tocou e você sorriu... A estátua se desfaz e argila se solta.

A diferença é que agora, um bom tanto, você amadureceu. Como se aquele alguém tenha passado por você, apenas para te fazer ser quem você é... apenas para desmoronar as máscaras e armaduras que te prendiam dentro de um híbrido, ou de uma rosa que ainda era botão...

Renata Marchetti
Enviado por Renata Marchetti em 11/01/2014
Reeditado em 24/05/2020
Código do texto: T4645155
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