VIVER AINDA VALE A PENA...

Lástima!
Parou à esquina o tílburi
 velho e desgarrado -
Carregava ódio em néctar, em tomos.

Holocausto!
Escarlate rubro de confeito e cicuta
Rochedos à espreita
Negando, nevando.

Contra capa do verso
E ali, logo aqui, a nave juncada: os cios, o nada
Contra a brasa do verso, num marulhar de coisas
- pascigo à serrapilheira -
Nem se serviu a Atta.

Pudera o quindim sobrar
Enfeitando o asco e o secretar
Ou seria o 'segredar'?

Entre verbos e apelos
Surge bravia, nódoa casta
A recompor tal aquarela
Desmesuradamente bela
E inegavelmente tela.

São as mostras de que viver ainda vale a pena...
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/01/2014
Reeditado em 16/01/2014
Código do texto: T4651666
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