JÁ MOLHASTES O COLCHÃO?

À mesa, pôs-se o cinismo
Temperado a alho, páprica e sobras
Ao interlúdio, francas vestes
- nigérrimas preces ao infinito.

Entende quem consegue coser, compor ao luar
Problema divino deste de dar água na coxa
Um dia, invento um modo
Que me fará sorrir ao largo.

Sempre assaz, sempre deveras
Sempre essência.

São miseravelmente incomensuráveis as hastes da prosa
Tangem, limam, ardem, gelam
Mas, molham o colchão. 
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/01/2014
Reeditado em 16/01/2014
Código do texto: T4652359
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