SEM DÓ OU PIEDADE.

Quisera ser soberano investido de poderes absolutos!

Para fechar os portos à saudade,

Bater às portas as dores que me dilaceram,

Retirar sem piedade às lembranças que se levantam, intimidando-me;

Negar-lhe nutrientes, até morrer a esperança!

Porém, sou apenas um pobre de coração passivo,

Que sofre de amor e chora suas saudades antes de dormir;

Que acorda nas madrugadas para dar vida aos sonhos imitando

Os poetas em suas trovas, cantando suas coragens frouxas,

Imaginando-se Soberano, arrancando sem dó ou piedade do peito a

paixão, que iguala os tiranos e poetas a loucos!

Sem delírios, sou só um cativo da saudade,

Um lírico, a espera de alforria, fiel aos milagres do amor,

Não mais que um simples trovador - Louco, para ti a cantar.

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 22/01/2014
Código do texto: T4659902
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