Domingo da macarronada

Domingo chegou, trazendo calma, preguiça, mormaço. E de quebra a macarronada, que era tanto esperada.

Em volta à mesa: a mama e o papa atentos ao alvoroço da meninada - já é uma característica italiana, abrasileirada pelas famílias

paulistanas - Ao fundo, a televisão ligada ao alheio. Misturada às vozes

entusiasmadas do alheio.

Nessa hora, entre mordidas, assuntos de família vem à tona: re

cordações do passado de infância, ou mais recentes, de falhas ou gentilezas, embalam risos de uns e admoestações de outros.

Mas, a hora não é de pessimismo. É hora de reunião, de alegria, de vida, mesmo que por vezes, salpicada à alfinetadas.

Finalmente, o sol se põe no infinito. Queda a luz no ambiente em

um toque de luz morna, como campainha, educada, à hora da saída. Antes, já saudosa por mais um fim de semana, presenteia a todos com dourados filetes luminosos. Como alertando para a preciosidade desses

momentos em família.

No carro, a criançada cochila, enquanto a mãe e o pai conversam e se preparam para uma semana de compromissos e contas a pagar.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 26/01/2014
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