Meu jardim.
Jardim de mel
Tinha pintura intima do céu
Flores cintilantes de forma e cor.
No viço de meu jardim
Que parecia escandaloso
Rompia a face que observava.
Espantosa, donaire
Parecia que baixavas aos céus.
Incrédulo ao céu e sem cor
Lá te adormeces!
Da pequena luz interior, tudo viu
Na quimera, de quem nunca te humilhou
Tu só observaste meu jardim
E quase nada notou.
Tu apenas agonizas, nos espinhos da rosa
Que nem desabrochou
Das magras mãos que lhe compôs
Pequenos versos de um jardim
Criadas do peito que era só doçura.
Das amarras de minh’alma
Teus olhos cerraram
A que tu não amavas.
Vida sou... Morte sou...
No vulto de meu jardim.
Fernando A. Troncoso Rocha.