O MELHOR DOS AMORES

Supera-te

Arrisca o teu sangue na capa da manhã

O afã que pariu a alvorada

Poetiza na entrelinha d'alma.

Suporta-te

O teu 'eu' cômico agoniza na alameda

Não há aresta, há meda

Há abismo, há grises nuvens, há oclusão.

Faça do seu dia, a fidalguia, a ressurgência

Empenha-te

Clama-te a botelha e as marinas

As Zélias, as Marietas e as Luisas hão.

Interdite a caleche

A rodar na esguelha do pecado (pecado?)

Ouse à doçura permanente do verso

No pano preto, no véu modesto.

Prima-te

Conquiste o ar, e um dia, o oceano

A lhe bradar com cores, com salvas

E com o que há de melhor nos amores.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/02/2014
Código do texto: T4682903
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