O MELHOR DOS AMORES
Supera-te
Arrisca o teu sangue na capa da manhã
O afã que pariu a alvorada
Poetiza na entrelinha d'alma.
Suporta-te
O teu 'eu' cômico agoniza na alameda
Não há aresta, há meda
Há abismo, há grises nuvens, há oclusão.
Faça do seu dia, a fidalguia, a ressurgência
Empenha-te
Clama-te a botelha e as marinas
As Zélias, as Marietas e as Luisas hão.
Interdite a caleche
A rodar na esguelha do pecado (pecado?)
Ouse à doçura permanente do verso
No pano preto, no véu modesto.
Prima-te
Conquiste o ar, e um dia, o oceano
A lhe bradar com cores, com salvas
E com o que há de melhor nos amores.