Um Poema Estranho

No meu coração habita uma voz, ela é doce, calma e sabe muito bem ser sincera. Me dá conselhos, me vira do avesso e me deixa de cabelo em pé.

Certo dia quando passeava sobre a rua de meu trabalho, a voz do menino conversou comigo sobre o amor, ele me explicou que o amor é a ação, o verbo. Com essas palavras que ele me disse despediu-se e foi-se dormir, é que ele dorme de dia para que a noite fique me dando dicas e aprontando comigo, ele me faz tão bem!

Não tinha intendido muito o que ele quis dizer com: o amor é a ação, o verbo, é que tem coisas que são tão diretas que não entendo, deve ser porque às vezes sou meio cego e ele sempre reclama disso.

Foi então que eu tive um sonho, o menino se mostrou pra mim, não vou revelar como ele era, isso é muito meu, só meu.

Então quase já dormindo, ele me sussurou no ouvido um de seus belos poemas e eu dormi. Abri meus olhos estava dentro de mim, era um passeio para o interior de mim, um lugar sombrio, escuro e sem valor.

Então ele me explicou o sentido da frase e me pediu para não contar a ninguém, naveguei pelo meu corpo com muito medo, quando cheguei ao coração ele estava batendo tão devagar que quase parava mesmo, ele apontou para o meu coração e senti uma pontada, o que ele queria me dizer? Porque existia ali uma cachoeira com água escura, que gerava toda escuridão de mim. Ele me levou até a fonte, e lá estava o problema, num papel bem pequeno tinha um recado, que também não vou contar, quando li, chorei com muito pesar disse: Não pode acabar assim.

Acordei com muita sede, e suando.

O menino tinha indo embora, já não ouvia mais voz alguma, quando olhei pro lado percebi que estava como vim ao mundo e que tinha um caderno ao meu lado, a primeira frase do caderno era: O amor é ação o verbo que liberta totalmente quem ainda dá asas a imaginação e sonho

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 07/03/2014
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