O NAUFRAGO.



Vou, na busca incansável do carinho,
Parto de um seguro porto,
Em um barco bem equipado,
Ao encontro do inexplicável,
Do movediço areal onde a dúvida mora,
Onde o corpo queda-se em cansaço,
Sigo rumo ao incerto distante,
Da minha realidade patética,
Da estranha vida poética,
Em várias luas e sóis,
Dias e noites sob a luz da luz,
Cantando para as estrelas,
Contando causos, crônicas, artigos,
Acrósticos, haikais, rondéis e cordéis,
Poesias de amor e de ódio,
De tédio e de sódio,
Conjecturas, divagações e enrolações,
Permaneço à procura, nas lutas,
Escutas, condutas, disputas,
Sem dizer palavras ofensivas,
Apenas reflexivas, impulsivas,
Que me deixam à deriva, um naufrago,
Que deseja ser salvo,
Por uma linda surfista.



Por: Jaymeofilho.
30/03/2014.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 30/03/2014
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