POR TANTO LODO E NADA MAIS
Cerras o féretro e nele embargues as nódoas picantes
Haverá o dia de colarinho, repleto de espuma
Demersais serão os versos de areia e de palha
A lhe cobrir com roxas gérberas o nariz adunco.
Não queiras inda os aplausos e as vaias dos inertes
Presumas que o relinchar da zebra amolgará alma tua
Exasperes-se, corra pela rua, inebriado
O sol ser-lhe-á cíclico enquanto soltar os líquidos.
Não nutras ojerizas pelas ventas que o aqueceste
Importa pouco agora que és tão pálido
Tão mansarrão, a parear com escorrida lasanha de frango
Pobrezinho!
Nem a virgem, nem a fada de botas salpicadas
Outrora eram tantas!
Parelhas-te à contra margem esquerda e a boreste
Que a alma enternecerá, encantar-se á
Por ter alcançado o perquirido por tão pouco
Por tanto lodo e nada mais.