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Passo



Passo pelos meus sem ser compreendida,
Passo despercebida.
Eu inauguro cada dia da minha vida
E eles desfazem os laços.

Apressadamente viram os rostos
Quando eu passo,
Nada escutam do que eu digo,
Ou então torcem as palavras
Que  lhes caem nos ouvidos.

Desenho um arco-íris com o arco do braço,
Escolho minhas próprias cores
Para pintar meu mundo, minhas flores,
Não desejo o cinza que derramam,
Não quero a indiferença desbotada
Com a qual me homenageiam
Quando eu passo.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 10/04/2014
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