Delícia nociva, me seduz!

Vaga-lumes multicores iluminavam meu céu ébano.

Estrelas cristalizadas me direcionavam caminhos-mistério...

Seu castelo!

Lua amedrontada me revestiu com armadura sagrada (Poesia recitada).

Colhi versos fortaleza, no jardim dos poemas encantados...

Fui em sua direção.

Bruxo tentação!

Em minha frente portal transparente

Invadido por mim indecentemente.

Entrada incerta... Procuro palavra mágica.

Palavra antídoto...

Dissimulada em seus poemas atrevidos!

Em seu castelo de sonhos impedidos.

Seus guardiões.... Astutos leões de vidro...

Percebem-me... Perseguem-me... Aprisionam-me!

Ao meu redor...

Fantasmas alucinados, bailam ao som de um blues marginal,

Êxtase total de um ritual,

No qual, sou parte fundamental!

Sax sinistro grita por seu nome...

Venha Bruxo!... Venha Bruxo de asas azuladas!

"Já se faz presente sua feiticeira amada"!

Você surge...

Seu rosto, coberto pelo capuz.

Delícia nociva, me seduz!

Minha poesia grita apavorada:

Sou feiticeira enluarada;

Dominada de estúpida fraqueza;

Por suas palavras, apaixonada!

Antídoto para minha liberdade?

Já não tenho certeza...