Por Trás da Peçonha Humana
Para mim,
Nenhuma palavra, basta
A indiferença é a diferença decantada
É o bife sem batatas, é o escarninho;
Às vezes, monto histórias
Verdades com brochuras, palmadas
Na chapa fria dos sonhos helicoidais.
Para mim,
Doenças são versos ao acaso, gente
Que não sangram nem na fonte
Parecem broas ressequidas e só
Um meio ao avesso, um pranto, um nó
(mero dó);
Enxadada na face da dor, indolor
Não suspeita do zomol o balde.
Outrossim,
Um beijo desbotado do amor na sorte
Quisera a morte!
De fronte ao prédio carente dum âmago sem fim;
Delicado monte de poeira e sol
Navios que partem sem mais nem cais
Pessoas infames, brigadeiro de massa.
Para mim,
Nenhuma palavra basta!