O olhar cotidiano

Levanto cedo. Igual a todos os outros dias. Experimento a mesmice do

afazeres mecânicos e necessários. As tarefas do lar, do trabalho e da família.

As mesmas ruas a caminhar, as mesmas paisagens, a mesma comida,

as mesmas horas dormidas. Noites tão iguais. Assuntos cruéis ou banais,

repetidos pelas mesmas bocas amigas, ou da mídia.

Isto dura só uma fração deste tempo todo e penso: - Ainda bem, que é assim. A conhecida rotina, sem o novo, porém, também sem tragédias pessoais.

Por isso, oro e agradeço; pois sei que estou sendo cuidada.

E peço a Deus para não me abaterem as notícias duras, das balas perdidas, da descrença, da intolerância e do desamor.

E peço pela mudança interior de cada um de nós. O desapego do Ego.

Um par de olhos capazes de filtrarem o que ainda há de bom.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 03/05/2014
Código do texto: T4792589
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