O desconhecido observador
Assim estava mais um dia observando-o
Sempre pontual, chegou e sentou-se
A minha vontade era dizer tudo o que se
Passava no meu coração
Mas as palavras morriam em meus lábios
O medo rondava meu coração.
Ele poderia me achar atrevida ou me ignorar?
Nunca saberei
Encaminhei meus olhos em outra direção
Mas não conseguir me conter em olhar para ele novamente
Nesse instante nossos olhos se encontraram
Ele sorriu, sorriu para mim
Desviei meus olhos rapidamente
Mas algo dentro de mim, uma voz sussurrava
“Olhe para ele, olhe.”
Seguir o que me dizia a voz
Quando voltei a olhar novamente e num súbito momento
Ele se levantou, caminhou em minha direção.
Sentou-se ao meu lado e paralisada fiquei
O medo e alegria tomavam conta de mim
E do meu ser
Foi então que ele me beijou
Seus lábios quentes e doces próximos aos meus
Uma sensação de alegria e temor
Mas foi o beijo mais intenso e saboroso
Que trocamos naquele momento
Mas como num sonho acabou
Ele voltou a sorrir e partiu
Aquele homem estranho e desconhecido
Nunca mais voltou a sorrir para mim
Há não ser nos dias que encontrava
No caminho das flores.