"Não se leva nada dessa vida." Será que isto é verdade?
 Acredito que se leva muito do que se deixa. 

Deixarei nos corações que foram ligados aos meu, muito amor. Mais amor ainda eu levarei comigo.
Deixarei aos meus, muito do que conquistei:  orgulho, honra, satisfação, alegria, felicidade e bens materiais também. Pois não posso descartar estes bens materiais, pois foram resultados de minha luta árdua e honesta em vida.
Deixo tudo o que foi meu; deixo tudo o que fui 'eu' enquanto vida. Então levarei comigo até o último instante, que meus olhos irão cerrar, a satisfação de poder  deixar tudo o que eu gostaria de deixar. Deixarei todas as minhas plantações espirituais e materiais.
Na verdade eu nunca intencionei conquistar bens para levar comigo, mas sim,  para usufruir enquanto viver e deixar depois que eu partir  os meus bens materiais e espirituais como herança para os que eu amo. 
Este é o meu jeito de ser e de ver a vida.
Valorizo o material? Bom, de certa forma sim,  de certa maneira eu os valorizo, pois foi com o meu espírito, alma, valores, dignidade e, principalmente, responsabilidade com a minha vida e com a vida dos meus amores que lutei e luto, por estes bens materiais com esforços e luta.
Fiz e faço questão de em vida lutar pelo necessário, pois estes bens necessários preenchem a minha alma, meu espírito e o meu coração. E eles são a marca dos meus sorrisos em vida, nesta vida. São as marcas dos meus sonhos realizados.
Falo como se estivesse planejando morrer? Não exatamente, falo como alguém que encara a vida e a morte com naturalidade. Como eu não sei quando será o meu último instante eu gosto de registrar os meus sentires e pensamentos sobre as coisas deste mundo em que eu vivo.
Por isto, eu dou o valor e a medida que considero certos para todas as coisas do meu viver.
Talvez, eu tenha escrito isto porque ouço as pessoas dizerem que somente devemos dar valor as coisas do espírito, como se as coisas materiais não tivessem importância e somente devêssemos dar valor ao que fossemos levar conosco. Por eu pensar diferente, escrevo. Eu levarei comigo a satisfação de poder deixar os meus filhos amparados nesta vida. Este é o maior alimento do meu espírito. Os deixarei em abrigos. Abrigos para seus corpos que é a moradia. E abrigo para seus espíritos que é a moradia do amor que sempre lhes dediquei e que faz parte de cada célula de seus seres.

E sobre as pessoas que julgam que valorizar as coisas materiais seja não viver de maneira decente por julgarem que não se deve acumular bens  -  cada um tem seu próprio conceito do que seja acumular estes bens-  eu digo que não vejo nada de errado quando as pessoas que  para subirem seus degraus na vida não pisam no seu semelhante.   Acredito que as pessoas que lutam e realizam:  vivam a vida que descobriram valer a pena para si mesmas. Estas com certeza levarão consigo a satisfação de terem vivido a vida que valeu a pena ter sido vivida.

Que cada ser descubra sua indentidade e descubra, também, como encontrar a felicidade.
Acredito que somente os que deixam de si, levarão consigo alguma coisa que realmente valha a pena.


(16/12/2013)
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 24/05/2014
Reeditado em 24/05/2014
Código do texto: T4818531
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.